sexta-feira, 1 de outubro de 2010

give me one reason.

Sei que já passou algum bom tempo desde que não vinha aqui escrever, mas a falta de tempo e a pouca paciência para ficar aqui sentada em frente a um ecrã de computador estiveram no auge durante todos estes dias. Talvez porque a minha felicidade também estivesse bem lá em cima, mas agora que ela retornou um pouco ao seu "ninho", senti uma necessidade enorme de escrever. Não sei bem porquê, mas conseguiste fazer-me tão feliz. Conseguiste cuidar tão bem das feridas que estavam aqui tão dentro por sarar. Tentaram falar de ti, julgar-te. Mas como te disse logo desde início, se eu fosse dar atenção a tudo o que me dizem, a esta hora estava de costas voltadas com todo o mundo. Ignorei, porque eu também tenho o direito de estar errada. Felizmente ou infelizmente sinto que não estive. Soubeste tão bem criar um aconchego de mim, soubeste tão bem estar lá e dizer aquilo que precisava ouvir. Há verdades que doiem, mas que precisam de ser ouvidas. Mas tu conseguiste dize-las de uma forma em que toda a dor se retirava, tornavas doce uma palavra amarga. Tornavas um momento comum, num momento único. A força do teu olhar, a força com que olhas para mim deixa-me quieta. Parece que consegues sentir o que sinto, saber o que penso, saber o que quero. Isso dá-me medo, mas ao mesmo tempo, conforto. É bom quando temos alguém assim connosco, nem que seja só por dois minutos em vinte e quatro horas. Agradeço-te de uma forma imensa por tudo aquilo que tens conseguido fazer por mim. Gosto muito de ti, you're special.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

  Não há palavras suficientemente concretas para explicar todos os sentimentos que ganharam vida em mim com uma simples melodia. Não, não me interpretes mal. Foram sentimentos puros, genuínos, sem qualquer tipo de intenções ou exclamações amorosas. Foram sentimentos de conforto, bem-estar, saudade. Senti que foi um género de apelo a dizer: estou aqui. Porque afinal de contas, à muito tempo que não sentia isso. A música sempre foi uma das nossas melhores ligações, é através delas que conseguimos ver o estado de espírito um do outro. E por vezes basta apenas uma música, e nada de palavras. Tal como foi o caso. Tinha saudades da tua presença, obrigada por teres dado este "sinal". Eu nunca, me esqueci de ti.


"Aqui ao luar, ao pé de ti, ao pé do mar.."

terça-feira, 14 de setembro de 2010

don't know anything.


Às vezes gostava de voltar a sentir-me segura, sentir-me no meu mundo. Tenho saudades daquilo que era, daquilo que me fazia realmente feliz. Não é que agora não o seja, porque sou. Mas está tudo tão diferente, tão mudado. O cenário ao qual estava habituada mudou com a mesma felicidade que respiro, é estranho. Muito estranho mesmo. Lidar com coisas que são completamente o oposto de mim, coisas que não se enquadram minimamente naquilo que quero, desejo e preciso. Gostava de te ter comigo em cada insegurança, em cada medo, em cada obstáculo. A distância não é imensa, mas é suficientemente grande para eu sentir esta tua falta. A falta de algo que na verdade nunca me pertenceu, que eu nunca conheci, que nunca existiu. A falta de não sei o quê, nem como e muito menos porquê. Simplesmente falta-me algo. Preciso desse algo, e ainda mais de mim. I'm trying, i'm trying (..)

please don't be scared.

So,
So you think you can tell
Heaven from Hell,
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?

Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?

How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here <3

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

já sinto a falta.

Nada correu conforme esperava, é caso para dizer: Bela merda, não gosto nada!
Mais recordações..

também sabemos ser selvagens depois de uma grande noite!
the past...
gémea, só nos falta fazer miau!
hey, soul sister. <3

goodbye holidays.

Mais um verão chegou ao fim, amanhã inicia-se um novo percurso escolar que eu espero terminar com grande sucesso. Admito que estou um pouco "anciosa" para enfrentar tudo o que tenho pela frente, mas simultaneamente, um certo medo. Como será que me vou adaptar? No entanto, darei o meu melhor em todos os aspectos. É hoje às 16:30h o início de tudo, ou quase tudo. Com certeza será o início de uma nova e grande etapa, estarei eu pronta para a ultrapassar? Até ontem não estava disposta para que as aulas começassem, mas hoje já acordei com um espírito mais académico e até quero que as horas passem depressa. Tenho um medo enorme que tudo isto consiga desmoronar um pouco da nossa amizade, tenho mesmo. Obrigada por me terem proporcionado os melhores momentos de sempre neste verão, foram incansáveis! Vou ter tanta saudade disto, da vossa presença diária, das nossas aventuras, histórias, das chamadas a meio da noite, dos privados, da troca de mensagens a qualquer altura, pelas danças, pelos nossos lanches tanto em casa como no centro, (..) vou ter tanta saudade, simplesmente! Não quero que nada disto acabe, e no que depender de mim, vou procurar fortalecer sempre aquilo que me faz bem. Contudo e como já é habitual, não vou poder vir à net nos próximos tempos. Tudo por uma questão de hábito, tenho que arranjar e obdecer aos métodos de estudo. Voltarei a dar novidades assim que puder, prometo. Vou deixar umas imagens dos altos e baixos deste verão, só para mais tarde recordar. Um beijinho grande, Ana.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

how long?

Questiono-me quanto tempo levaste a tentar, para finalmente conseguires exprimir todos os teus sentimentos. Será que foi muito, pouco? Será que recuaste com medo da resposta, ou será que avançaste sem medo algum? Certamente não sei, nem nunca irei saber. Eu não tive medo de avançar, nem de recuar. Simplesmente fiquei quieta, enquanto tudo nos passava à frente. À muito tempo, guardei nos rascunhos tudo o que se fizera sentir e agora é tarde demais para reenviar tudo aquilo que queria. Passou demasiado tempo, demasiadas situações. Não nos deviamos ter basiado em perspectivas, em futuros. Deviamos ter vivenciado o presente, aproveitar o momento, o que era nosso. Deixa de ser superficial, injusto. Deixa de cometer erros com quem realmente gosta de ti, aproveita o que tens, o que sabes que te faz bem e feliz. És muito mais que isso, muito mais que uma rocha. Cria os teus sonhos, os teus objectivos. Impõe as tuas próprias regras, traça os teus limites. Fica disposto a ajudar quem for necessário, aprende a partilhar o teu amor, aprende a dar o mundo que sabes que realmente podes dar e não cries ilusões. (somente palavras, para ninguém em especial)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

PARABEEEEEÉNS, mãe!

O muito que te queremos dizer é impossível expressá-lo num papel branco, e por muito que as novas tecnologias facilitem as coisas, as palavras tornam-se escassas. Queremos agradecer-te pela boa e mãe exemplar que tens sido desde o momento em que te conhecemos. Desde o momento em que nos geraste. Até porque muita gente se esquece que o conhecimento entre mãe e filho, está no seu próprio geramento. Desde o momento em que a semente é “plantada” aí dentro. És tu que nos dás o primeiro conforto, a primeira “casa”. És tu que nos dás as primeiras vitaminas, nutrientes. És tu que nos dás os primeiros sons. És tu que nos sentes pela primeira vez. É esse, o laço que criamos, que deve ficar para toda a vida. Fortalecendo-o ao longo do tempo com uma rega, como se de uma planta se tratasse. No fundo, é o que somos, uma planta. Tu dás a terra, o pai a semente, e nós somos o fruto. Não há fruto sem terra, nem fruto sem semente. Isso é certo. No entanto, fizeste e deste sempre o teu melhor para a nossa construção como pessoas. Estiveste sempre presente, sempre ao nosso lado a apoiar-nos em cada ocasião, em cada momento. Mesmo ao saberes que estávamos a errar, tu deixavas nós aprendermos por nós próprios. Nós só seguíamos porque queríamos, nunca por falta de aviso. Quando chegava o momento de aprender tu nunca faltavas, apenas sublinhavas que já tinhas avisado antes. Contudo, partilhavas o nosso sofrimento. Sentias-o como qualquer boa mãe o sente. Odeias tudo o que faz mal à tua cria, como de uma mãe leoa se tratasse. Não suportas que nos pisem, não suportas que soframos, não suportas a nossa tristeza. Temos a perfeita consciência que davas este mundo, o outro, e mais algum só para nos ver estáveis, felizes. É consideravelmente gratificante saber que temos uma mãe como tu. Uma mãe que é dona de casa, boa esposa, trabalhadora, mãe a toda a hora, e acima de tudo uma grande mulher. Uma mulher que sabe sempre enfrentar e ultrapassar todos os obstáculos. Uma mulher que nunca se coloca em primeiro lugar. Pedimos desculpa por a prenda não ter o mesmo valor que tu, porque se assim quiséssemos, seria uma prenda inalcançável. Mas como sempre nos ensinaste, não são os bens materiais que importam, mas sim os sentimentos. E sei que vais dar muito mais valor a estas pequenas palavras, do que à prenda em si. Resta-nos agradecer por seres quem és connosco, e pedimos para continuares a participar na nossa vida desta forma tão presente. Nunca te esqueças que gostamos muito de ti, e que acima de tudo, orgulhamos-te pelo que és! Parabéns a todos os níveis, mas principalmente pelos teus quarenta e nove anos. I love you!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

um cinco e um seis de um cinco.


Sim, tentei resistir o dia de ontem e hoje. Mas não deu, não depois de tudo. E sinto-me de certa forma "fraca" por isso. Ainda dou por mim, a pensar em ti. Mais vezes do que queria, mas menos do que esperava. Já passaram quatro meses desde o início, e mais ainda desde que te conheço. Fomos tão felizes, tão perfeitos, que até dava inveja aos olhos dos outros. Fazíamos de tudo juntos, onde eu estava, tu estavas e vice-versa. Já fazias parte da minha presença. Tínhamos problemas, nunca fomos excepção. Afastavamos um do outro, magoavamos, mas mesmo assim conseguiamos voltar sempre ao nosso melhor. Perdoaste uma, duas, vezes. Eu perdoei três, quatro. Mas tinha mesmo que ser assim, quando se gosta perdoa-se. Embora não haja perdão para todos os erros, tu e toda a gente sabe disso. Umas vezes fortes, outros fracos. Mas matinhamos sempre um ao lado do outro, em cada momento, em cada situação. O apoio era mútuo, sem fim. Entretanto tudo mudou, e ainda bem que já deste pelo teu grande erro. Ao menos isso, ao menos..! Não somos o que éramos nem nada que se compare, nem sei se amizade é a palavra correcta para nós, talvez seja muito ou então pouco. Talvez seja tudo, ou nada. Neste momento não há nada que nos identifique, nada que diga o que ou quem somos. Se queres saber o que mais sinto neste momento é pena. Tenho imensa pena que tudo se tenha destruído e nós nada pudemos fazer. Já não sinto nojo, nem raiva. A nossa conversa de hoje foi pequena, mas gratificante. Fez-me sentir bem, e melhor. É certo que foste a minha maior aposta, e no entanto, a minha maior desilusão. Mas todos estamos sujeitos a isso, não é verdade? És muito do meu passado, e parte do meu presente. Tal como te disse, vais ser um passado-presente. E isso ninguém pode mudar. Tudo o que juntos passamos vão ser sempre as melhores recordações para mim, recordações que podes estar certo que eu nunca me vou esquecer. Vou guarda-las sempre com um enorme carinho, na parte que também em mim conquistaste. Não dá para esquecer nada daquilo que muito nos fez feliz, e tu fizeste-o. Independentemente de todos os erros. Um dia fomos, aquilo que não somos e jamais seremos. Agora é mesmo isso, não passamos de um passado, de um "fomos". Sinto-me melhor por ter feito isto, não porque merecias, mas sim porque mereciamos. É a última vez que comemoro um aniversário nosso, publicamente.


Vai ser sempre um cinco entre nós, cuida-te ao máximo Riwi.

domingo, 5 de setembro de 2010

feeling out of place.

É assim que felizmente ou infelizmente me sinto, fora do meu lugar. Achavas que iria continuar presa, a preencher todos os espaços em branco que deixavas ao meu dispor? Achas que eu sou assim? Talvez não me conhecas de verdade, e mesmo que queiras, perdeste todas as oportunidades. Eu não gosto de preencher frases para as completar, gosto sim, de mudá-las. Fazer com que ganhem o meu sentido, fazer com que ganhem a minha presença, fazer com que me ganhem. Agora que tocamos no verbo ganhar, o que achas dele? Achas que foste um vencedor ou um perdedor desta batalha? Não sei se queres saber a minha opinião, mas isso também não me importa. Eu dou a opinião que quiser e bem entender, se não a quiseres, tens bom remédio. Foste um vencedor das tuas perspectivas, conseguiste tudo o que querias e esperavas. Construiste uma meta a atingir, e de facto, atingiste-a. Mas ainda não tens a noção daquilo que perdeste ao longo de todos estes anos. És muito comum, muito superficial. És fácil de encontrar, és previsível. É dessa forma que assim te chamo do maior perdedor de sempre. Perdeste e perdes o teu carácter vezes e vezes sem conta. A tua lealdade, a tua honestidade e o teu valor vão deixar de ser relevantes ao longo do tempo. Não basta querer ser o melhor, é preciso fazer para o ser e tu não fazes isso. Mostraste tão superior, tão imune a tudo mas afinal de contas, és o mais atingido. Pensas que todo o mundo tem que passar pelo mesmo sofrimento, senão não valem a pena. Mas sabes amor, quando se gosta, poupamos ao máximo o sofrimento dessa pessoa. Quando se gosta, cuida-se. Quando se gosta, espera-se. Quando se gosta, é-se fiel até à ultima. É por estas e por outras mais coisas, que cada vez acredito mais que tu não sabes o que é gostar de verdade. Que não sabes dar valor às coisas. Mais tarde isso vai-se reflectir na tua vida, e mais uma vez, vais-me dar razão. Tenho imensa tristeza pela vida que escolheste para ti, tinhas tantas portas abertas que as fechaste todas por pura ingenuidade. A vida é tua, não minha. Por isso, faz o que quiseres. Eu já não estou contigo, nem vou estar mais. Esta é a minha última opção, cuida-te. Este já não é o meu lugar, não pertenço a ti, não pertenço "aqui".


"Rodando sem direcção eu vou..."
 
Sem mágoas, sem rancor. Remember me.
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

i lost my soulmate.

I could just leave it wrong.
Estou feliz, imenso. Mais do que esperava, muito além das minhas perspectivas. Mas estou, e isso é que importa.. Não é verdade? A cada dia que passa descubro mais um podre de ti, e cada vez menos entendo como me pude deixar levar na tua música. Eu, que pensava saber as letras todas de cor. Afinal de contas, é quando mais julgamos saber de tudo e mais alguma coisa, que a realidade surge e demonstra que não é bem assim. Às vezes não sei como fui capaz de conviver com alguém que eu julgava ser a minha cara-metade. É impossível seres, impossível de todo. És muito pouco parecido comigo. Como conseguiste encarnar tão bem uma personagem completamente diferente da tua? Por vezes, metes-me medo. Mas como alguém já me disse hoje, vais sentir a falta do amo-te. Um amo-te tão verdadeiro como a mentira do nosso amor. E quando chegar o dia em que saberás dar valor a alguém, vais-te lembrar de mim. Podes nunca o dizer, mas ponho as minhas mão no fogo como isso acontecerá. Neste momento não te conheço, nem quero. Quanta mais distância tiver de ti, melhor para mim. Quando surges dentro de mim simplesmente por causa de um local, de uma música, de uma frase ou expressão eu tento mudar isso. Tento dar outra vida. Arrancaste uma parte de mim, metade mim. Foi a parte que eu julguei ser tua, mas que na verdade, nunca te pertenceu. Vou encontrá-la num outro alguém, tenho a certeza. Tu não mereces nada de mim, nem tão pouco consideração. Não penses que vais ficar em mim, não te vou dar essa honra. O que sinto por ti é um amor de ódio, explicarei isso depois. Sem mais nada a dizer, pergunto-te mais uma das milhares de vezes: How could you be so heartless?




quarta-feira, 1 de setembro de 2010

don't wanna make you feel my love.

Não fui eu que assim quis, que assim escolhi. As decisões foram tomadas à muito, eu apenas limitei-me a seguir a direcção pretendida. Nada mais forte, nada mais fraco. Esta é a minha, a tua, a nossa ausência. Esta é a saída de emergência, o ponto de refúgio, a entoação das palavras, o batimento cardíaco. Não te pedi nada, não te disse nada. Não é preciso dizer palavra a palavra para tudo se entender, se tornar verdadeiramente concreto, sólido. Pequenos gestos e atitudes falam por si. No entanto, nem sempre o rumo a seguir é o mais fácil, mas é com certeza o melhor. Já tive a minha dose de ti, chega de ilusões e desilusões. Chega de brincadeiras e jogos fáceis. Eu não sou nenhum jogo, e muito menos uma boneca nas tuas mãos. Não brinques mais comigo, chega de encarar a personagem de idiota. Despertaste em mim um lado que nunca demonstrei, pelo menos contigo. Agora sim, estou certa do que digo. Finalmente acordei para a realidade, não eras só tu que dormias, eu também. Só lamento gostar de ti desta forma, lamento mesmo. Acho que este amor seria muito mais valorizado noutra pessoa, noutro lugar. Alguma vez me deste o devido valor? Eu sei o que valho. Chega de faltas de respeito, chega de perdoar o que não tem perdão, chega de lutar pelo que não vale a pena. Não te perdi, simplesmente te mandei embora de uma forma solene. "Nada chega ao fim enquanto na memória os momentos permanecerem tão vivos, tão fortes que ainda  façam sentir o cheiro do corpo de quem amamos, a palma da  mão confortando o rosto, o sabor da  boca ou o timbre da  voz. Enquanto as lágrimas  cobrirem a face esse sentimento vive, mais puro, mais forte, mais real … mas tão mais doloroso! A incerteza é o pior dos estados, o silêncio torna-se a na pior voz, tráz as frases mais penosas de se ouvir, inquieta os pensamentos, esses os únicos companheiros de todas as horas. Deixa o solo gravar tuas pegadas, deixa os objectos ganharem novamente o teu cheiro, para que durante a tua presente ausência te sintas a ti mesma perto." Tudo voltará a ser meu, tudo voltará a ganhar o meu cheiro, a minha presença. Um dia tudo voltará ao lugar, como se a tua presença nunca tivesse passado por aqui. É aí que o verdadeiro fim vai chegar. O fim de mim, de ti, e daquilo que um dia se tratou por "nós". Simplesmente, não gosto gostar de ti.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

my heartbeats.

Since 2008...
Neste momento senti vontade de escrever para ti, quem diria que o ia fazer mais uma vez?! Agora faço de uma forma completamente diferente, e ao longo deste texto vais perceber porquê. Quando começares a ler, vais perceber que não é relativamente ao mesmo e à mesma pessoa de sempre, vais-te aperceber que é para ti e vais sentir um enorme ponto de interrogação aí dentro.  Já começaste a sentir?  Não sei se fiz bem ao fazê-lo, mas simplesmente correspondi a uma "necessidade". Não me interpretes mal, só isso. Com o tempo vamo-nos esquecendo das pessoas, do seu significado, do seu valor. E de certa forma aconteceu um pouco disso comigo. Fui-me esquecendo do valor que tens, fui-me esquecendo de ti. É certo que precisou de ser assim, tive que seguir com a minha vida. No início metia-me um pouco de confusão, alimentava-me um pouco a esperança só o facto de falarmos. Mesmo que fosse um assunto completamente diferente daquilo que eu e o meu orgão propulsor queria que fosse. Uma vez disseram-me que o nosso amor só morre quando a pessoa em questão também morre dentro de nós. Não, nunca te tratei como se estivesses morto dentro de mim nem nada que se pareça. Mas com o tempo o meu amor por ti foi morrendo, sim. Foi preciso dar tempo ao tempo, tempo a mim. Foi preciso querer e acreditar. Até que falar contigo tornou-se algo normal, comecei a ver-te como um simples amigo. Alguém que continua comigo independentemente de tudo. À coisas que um desgosto amoroso não consegue abalar, é rara uma amizade não ser abalada. É difícil não levarmos mágoa dentro de nós. Quando tudo aconteceu achei que mais tarde, passar por ti, iria fazer-me doer. Que ia sentir uma saudade imensa. Que ia tremer por todos os lados. E só não me enganei em relação a uma, à última. Passar por ti, não me fez doer nem me provocou saudade. Mas fez-me tremer. Aliás, quando acontece algo que não estavamos à espera não é isso que acontece? Pelo menos a mim é. Se queres saber, fiquei orgulhosa de mim e de ti. De mim porque consegui enfrentar, e agora quando olho para trás não sinto mágoa nem rancor, sinto que já consegui descer a longa montanha que em tempos ficou atravessada na minha vida. De ti porque aparentas ser a mesma boa pessoa de sempre, com o tempo as pessoas conseguem mudar tanto e muitas das vezes para pior. O que contigo não foi o caso. Continuas a ter aquela carinha de menino bonitinho, e aquele ar que não parte um copo. (Mas eu sei que partes, ahah.) É bom saber que pode passar muito, muito tempo, mas que quando uma pessoa é realmente boa de verdade, assim continua a ser. Com o tempo não deixaste de dar as tuas palavras, e quando sabias que não estava muito bem, nunca deixaste de dar uma palavra de consolação e lembrar-me mais uma vez que estarias comigo para o que precisasse. Ouve, nestes dois anos que se passaram consegui mudar tanto e tão repentinamente que nem eu mesma dei fé pela mudança. Admito que algumas vezes consegui mudar para pior, outras para melhor, e outras simplesmente ficava "neutra". Mas agora sinto e sei que achei o caminho certo. Por vezes quando tomo opções, penso naquilo que as pessoas me diriam, ou simplesmente, pensavam caso tomasse uma opção. Tu surgiste na minha cabeça algumas vezes, e podes acreditar que a última foi à pouco tempo, foi muito recente. E sei que na minha última opção, caso soubesses, apoiar-me-ias. Às vezes penso nas tuas e nas palavras dos meus antes de tomar uma opção, e sabes o que isso significa? Que no fundo te tenho como um exemplo a seguir. Afinal de contas, como não poderia ser? Não és perfeito, ninguém é. Mas sem dúvidas que as tuas qualidades conseguem superar notávelmente os teus defeitos. E isso é um motivo de orgulho. Orgulho-me da pessoa que eras e que eu sei que não deixaste de ser. Superaste as minhas perspectivas. Foi bom rever-te, só tenho pena que seja sempre de raspão e nunca algo combinado. Mas talvez até seja melhor assim. Congratulations friend!


domingo, 29 de agosto de 2010

part of me.

Antes demais, apenas quero dizer que com estas palavras não pretendo magoar ninguém. Porque tal como acabei de dizer, são palavras, um desabafo, pensamentos. Existem dias melhores, outros piores. Uns em que me acho independente de tudo e mais alguma coisa, outros em que simplesmente dependo de tudo. Até mesmo de uma mensagem, ou de uma chamada. Ou quiça, simplesmente de um sorriso. Hoje escrevo num tom um tanto magoado, triste, desiludido. Até porque estes sentimentos vão sempre persistir até haver uma conformação a cem por cento. Quem está de fora gosta de julgar e insultar, talvez porque nunca tenham passado por esta dor. É sempre mais fácil falar sem saber o que é sentir. Sempre é, e sempre foi. Perante isso eu tento manter-me superior, demonstrar uma imagem feliz e conformada. Tento mostrar que tudo me entra a cem e sai a duzentos, mas não. As coisas não são assim tão simples, aliás, nunca foram. É preciso tempo para tudo, e enquanto não passa o tempo certo, a dor agrava-se e armazena-se dentro de nós. Talvez também seja um dos grandes motivos, escrever tudo isto aqui, porque preciso deitar parte desta dor cá para fora. Queres saber o que me atormenta o pensamento? É que juraste e prometeste tanta coisa, contaste a tua história de vida, todas as tuas angústias e sofrimentos. E deste a tua palavra, de que nunca irias voltar a cometer o mesmo erro, principalmente comigo. Mas afinal, de que te serviu aquele tempo todo? De nada? Não conseguiste aprender. Voltaste a repetir o erro, falhaste com as tuas palavras e promessas, fizeste-o acima de tudo comigo. Eu, que dizias ser tudo para ti. Que dizias amar sem fim, com a própria vida. E a ela? Disseste-lhe o mesmo? Já te julguei uma ilusão, quando tudo aconteceu achei que até agora tinhas representado um personagem e não a pessoa que realmente eras. Já cheguei a pensar que não valias a pena, tentei apagar-te de mim com a mesma rapidez que a tua relação com a outra evoluiu. Mas também já devia ter aprendido que isso não funciona. A minha cabeça dizia para te mandar para bem longe de mim, dizia que para mim tinhas morrido, que não precisava de ti, que não te queria. Outrora, o meu coração dizia estar magoado, mas que ainda precisava de ti. Aliás, eu já não sabia mesmo viver sem ti. Ter que me adaptar sem saber como, sem saber porquê e à velocidade da luz quebrou muito de mim. Fui obrigada a encontrar a minha direcção, o meu chão. Por momentos deixava o meu orgulho de parte, e tentava outra vez caminhar para ti. De que me valia? A cada vez que o tentava fazer magoavas-me cada vez mais e mais, demonstravas ser aquilo que nunca foste, aquilo que nunca me passara pela cabeça seres. Tantas vezes pedi, nem eu sei a quem, mas pedi. Pedi que voltasses a ser o miúdo que me apaixonei, o miúdo que eu conheci, o miúdo que continuara a amar. O meu pedido não teve sucesso, e então eu decidi largar as pedras e construir o meu próprio caminho. Dei-te as "últimas" palavras, tentando a abrir-te os olhos para a realidade que nunca quiseste ver. Mais uma vez desprezaste o meu tempo, a minha preocupação contigo. Desprezaste-me. Mas a culpa não foi só tua, não mesmo. A outra, aquela que para mim neste momento vale zero também teve tanta culpa quanto tu. Depois de tudo o que soube dela, não a achava capaz de te fazer o filme. Aliás, uma rapariga minimamente decente não se mete com um rapaz que namora, sabendo ela de tudo sobre a relação. Portanto, ela não foi nenhuma vítima nesta história. Não foi de todo, porque no fim foi ela que se riu de tudo isto. Foi ela que ficou por cima. Mas a vida é mesmo assim, tantas vezes os piores viram o jogo, enfrentam tudo e todos, passam por cima de quem têm que passar só pra virem à tona? Imensas vezes, é sempre assim. Mas na vida, toda a verdade vem ao de cima. Toda a gente tem o pagamento por todo o mal que faz. E ela vai tê-lo, sei que sim. Eu não perco o meu tempo com gente fútil, sem nada da cabeça. A vida encarregar-se-á disso. Retomando a ti. Foi assim que tu te revelaste, capaz de fazer juras e promessas eternas de amor, fazer alguém amar-te mais que tudo, tendo tu a perfeita consciência que basta um simples estalar de dedos e tudo muda de rumo. Tal como aconteceu. E isso revela uma índole egoísta ao mais alto nível. O teu refúgio são os desvios amorosos, talvez seja por esse mesmo motivo que já tenhas tido tantas mulheres. Como já te disse, não me arrependo de nada entre nós. Só me arrependo de ter acreditado plenamente em cada sílaba tua. Neste momento preciso ter-te por perto, fazes-me bem. Muito até. Mas só fazes quando és a pessoa que eu me apaixonei, porque quando tentas ser quem não és por vezes magoas, e mais uma vez entristeces-me. Eu sei que um dia vou conseguir desprender-me de ti, sei que um dia vou conseguir seguir a minha vida sem precisar de ti desta forma. Porque um dos meus maiores erros também foi ter-me prendido a ti assim. Pedes-me para não te deixar, e no fundo, nunca o farei. Mas agora sou eu que te peço para deitares a mão à consciência, veres o mal que causaste não só a mim mas a quem te amou/ama. Dá valor a quem gosta realmente de ti, a quem está contigo mesmo sem dares por isso. Se não aprenderes a dar valor, vais acabar por perder quem precisas. Vais acabar por bater no fundo sozinho, mas sozinho. E isso nunca foi benéfico para ninguém, muito menos para ti. Porque apesar de tudo, sei o que vales. Não deixes cair no mesmo erro pela terceira vez. A primeira foi descuido, a segunda foi estupidez e a terceira será uma total burrice. Mas também já não vou ser eu que te vou impedir, vais ter que tomar as tuas próprias decisões, vais ter que tomar conta de ti. Eu permaneço aqui, como tive antes de tudo começar. Uma boa amiga, tal como sou com todos os que merecem. Caminharei ao teu lado, de uma outra forma. Dar-te-ei na cabeça e apoiar-te-ei sempre que mereceres. Contudo isto mudaste a Ana que havia a mim, fizeste-me crescer, fizeste mudar a minha maneira de pensar. Fizeste com que o meu coração ganhasse um revestimento duplo, um medo incrível. Se antes tinha medo de confiar alguém, agora muito mais. E tu, tinhas-me dito que em ti podia confiar com todo o sentido da palavra. Deu para notar, não deu? Um dia sei que me vais pedir perdão, que me vais pedir desculpa por todo o mal que me causaste. Sei que vais agradecer-me, porque independentemente de tudo disse-te sempre as palavras certas. Um dia vais saber dar-me o valor que sempre mereci que me desses. Não é que nunca o tenhas dado, mas deixaste de dar assim que deixaste de ser o que eras. Tentei mudar os teus defeitos, e hoje sinto que foi em vão. Voltaste a ser quem eras. Mas aprendi, também, que não devemos mudar ninguém. Porque a mudança forçada, torna-se numa farsa. As pessoas tentam mudar, encarnam um personagem, cansam-se e depois voltam ao que eram. Acredito que foi isto que tenha acontecido, mas ainda bem que aconteceu em tão poucos meses, senão não sei onde isto iria parar. Aprende a dar valor à vida, ao amor. Neste aspecto, ainda tens muito que crescer, e no fundo sei que também concordas com o que te digo. Vais ser sempre, tu em mim. Seria muito ingénuo tentar apagar isso, porque por muito que tentem, não irão conseguir. E só nós sabemos disso, só nós sabemos do que falo. Quanto a quem está por fora, calem-se. Enfiem a inveja, ou simplesmente o gosto que têm pela infelicidade dos outros, num sítio que eu cá sei. Porque vocês também, não estão livres de passar por isto ou pior. E depois, arrependem-se pelo que dizem. Desculpem a extensão, e desculpa-me as palavras. Eu amo-te, é um sentimento que vai perdurar sempre dentro de mim.





Love of my life, my soulmate.

no matter what they say.

nothing last forever.
Às vezes é preciso mudar de ares. Mudar para novos sítios, mudar de rotina, conhecer novas pessoas, outras culturas. Às vezes é preciso simplesmente mudar. Mudar sempre me ajudou, diria que a mudança e eu sempre estivemos ligadas. Tal e qual como a unha da carne. No entanto, é preciso mudar sempre para melhor. Em tempos achei estar numa constante mudança, mas esse pensamento estava totalmente errado. Porque caso assim fosse, nunca iria saber quem realmente sou. Eu sei quem sou, conheço-me melhor do que qualquer outra pessoa. Sei o que quero, e preciso. Consoante o tempo e as situações vou mudando, isso é certo. Neste últimos tempos mudei imenso, mudei mesmo. Estou numa fase em que preciso de me reencontrar, preciso saber como estou. Decidi criar este blog, onde podem continuar a ler os meus textos e vice-versa, mas sinto que é uma coisa mais minha, mais íntima. Não vou fechar o outro (http://fotolog.com/reasonsays), sempre que poder/quiser vou lá actualizar aquilo, embora não o faça constantemente. Sinto que vou sentir-me mais "em casa" neste espaço, é mais meu. Vou depositar todas as palavras, alegrias e sofrimentos. Vou partilhar momentos, situações e pessoas importantes. Afinal de contas, é disso que eu preciso. De mim, e dos meus. Interrogaste se preciso de ti? Responder-te-ei com o tempo.