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Neste momento senti vontade de escrever para ti, quem diria que o ia fazer mais uma vez?! Agora faço de uma forma completamente diferente, e ao longo deste texto vais perceber porquê. Quando começares a ler, vais perceber que não é relativamente ao mesmo e à mesma pessoa de sempre, vais-te aperceber que é para ti e vais sentir um enorme ponto de interrogação aí dentro.
Já começaste a sentir? Não sei se fiz bem ao fazê-lo, mas simplesmente correspondi a uma "necessidade". Não me interpretes mal, só isso. Com o tempo vamo-nos esquecendo das pessoas, do seu significado, do seu valor. E de certa forma aconteceu um pouco disso comigo. Fui-me esquecendo do valor que tens, fui-me esquecendo de ti. É certo que precisou de ser assim, tive que seguir com a minha vida. No início metia-me um pouco de confusão, alimentava-me um pouco a esperança só o facto de falarmos. Mesmo que fosse um assunto completamente diferente daquilo que eu e o meu orgão propulsor queria que fosse. Uma vez disseram-me que o nosso amor só morre quando a pessoa em questão também morre dentro de nós. Não, nunca te tratei como se estivesses morto dentro de mim nem nada que se pareça. Mas com o tempo o meu amor por ti foi morrendo, sim. Foi preciso dar tempo ao tempo, tempo a mim. Foi preciso querer e acreditar. Até que falar contigo tornou-se algo normal, comecei a ver-te como um simples amigo. Alguém que continua comigo independentemente de tudo. À coisas que um desgosto amoroso não consegue abalar, é rara uma amizade não ser abalada. É difícil não levarmos mágoa dentro de nós. Quando tudo aconteceu achei que mais tarde, passar por ti, iria fazer-me doer. Que ia sentir uma saudade imensa. Que ia tremer por todos os lados. E só não me enganei em relação a uma, à última. Passar por ti, não me fez doer nem me provocou saudade. Mas fez-me tremer. Aliás, quando acontece algo que não estavamos à espera não é isso que acontece? Pelo menos a mim é. Se queres saber, fiquei orgulhosa de mim e de ti. De mim porque consegui enfrentar, e agora quando olho para trás não sinto mágoa nem rancor, sinto que já consegui descer a longa montanha que em tempos ficou atravessada na minha vida. De ti porque aparentas ser a mesma boa pessoa de sempre, com o tempo as pessoas conseguem mudar
tanto e muitas das vezes para pior. O que contigo não foi o caso. Continuas a ter aquela carinha de menino bonitinho, e aquele ar que não parte um copo. (Mas eu sei que partes, ahah.) É bom saber que pode passar muito, muito tempo, mas que quando uma pessoa é realmente boa de verdade, assim continua a ser. Com o tempo não deixaste de dar as tuas palavras, e quando sabias que não estava muito bem, nunca deixaste de dar uma palavra de consolação e lembrar-me mais uma vez que estarias comigo para o que precisasse. Ouve, nestes dois anos que se passaram consegui mudar tanto e tão repentinamente que nem eu mesma dei fé pela mudança. Admito que algumas vezes consegui mudar para pior, outras para melhor, e outras simplesmente ficava "neutra". Mas agora sinto e sei que achei o caminho certo. Por vezes quando tomo opções, penso naquilo que as pessoas me diriam, ou simplesmente, pensavam caso tomasse uma opção. Tu surgiste na minha cabeça algumas vezes, e podes acreditar que a última foi à pouco tempo, foi muito recente. E sei que na minha última opção, caso soubesses, apoiar-me-ias. Às vezes penso nas tuas e nas palavras dos meus antes de tomar uma opção, e sabes o que isso significa? Que no fundo te tenho como um exemplo a seguir. Afinal de contas, como não poderia ser? Não és perfeito, ninguém é. Mas sem dúvidas que as tuas qualidades conseguem superar notávelmente os teus defeitos. E isso é um motivo de orgulho. Orgulho-me da pessoa que eras e que eu sei que não deixaste de ser. Superaste as minhas perspectivas. Foi bom rever-te, só tenho pena que seja sempre de raspão e nunca algo combinado. Mas talvez até seja melhor assim.
Congratulations friend!
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